DIANA RUI
FOTÓGRAFA
Eu ia escrever uma pequena apresentação, mas a Raquel Caldevilla já o fez tão bem, que qualquer coisa que eu escreva, nunca ficará tão perfeito.
Um pequeno excerto das palavras da Raquel:
“Diana é a fotógrafa que adora gatos. É menina-da-avó paterna, a mesma que lhe acompanhou os passos e que ainda hoje a inspira a ser mais e melhor. (…) Herdou o sentido de humor e a apetência para o desenho também do pai e tem as mulheres da sua vida como fonte maior de inspiração. (…)
Nasceu e viveu em Matosinhos, mas sempre quis vir para o centro do Porto (…) Aliás, é esta a cidade que também vive nas suas inspirações para fotografar, a sua luz, tão única e diferente, especialmente de Inverno.
E assim foi, muito simples e concisa como se mostra, seguindo o seu caminho natural até o curso de Arquitectura na Universidade Lusíada, no Porto. (…)
Em tudo o que fazia, havia sempre algo que a complementava: a sua máquina fotográfica, que carregava consigo para onde quer que fosse. Percebendo isso, decidiu enveredar num curso de fotografia analógica e, em 2005, começou a dedicar-se a esta área de corpo e alma, revelando que pensa ter encontrado a sua verdadeira paixão e o seu lugar. Confessa que tem a fotografia analógica o seu amor maior, pois pensa mais cuidadosamente e vive mais aquilo que está a fazer, mas usa primordialmente a digital, já que entende o seu carácter mais imediato.
Como inspirações, refere Anton Corbijn (…) como sua influência primária, aquele estilo preto&branco com cheirinho a film noir, com muito grão e muito intenso. Actualmente, gosta muito do trabalho de retratos de Annie Leibovitz, apesar de reconhecer que não tem rigorosamente nada a ver com aquilo que elabora, já que gosta de fotografar pessoas no seu habitat natural e prefere que não existam poses ou definições prévias. Já fotografou vários concertos e declara que é algo que gosta muito, pois condiz com duas das suas paixões: a fotografia e a música.
‘Nem posso dizer que trabalho, porque faço o que gosto‘, refere ela. Actualmente, Diana Carapuço (ou Diana Rui) tem um site onde mostra aquilo que faz, aquilo que mais a define. (…) Diana visita e fotografa casas de pessoas diferentes, conhece sítios por dentro que já a faziam desejar por fora e que viviam no seu imaginário. É isso que gosta mais neste seu ofício, o facto de conseguir combinar a arquitectura e a fotografia, os seus fascínios num só suspiro.
Como valores principais que a motivam, a Diana elege a honestidade e a verdade, a vontade das pessoas de serem elas mesmas, sem medos. É uma pessoa muito pacífica, paciente e doce, atraída principalmente pelo sentido de humor e a boa disposição de quem a rodeia. É a maria-rapaz que gostava de jogar à bola, andar de bicicleta e subir às árvores, contrariando as vontades de quem a queria quieta.”
Texto por: RAQUEL CALDEVILLA - Escritora
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